Aqui não vos fala um psicólogo, um psiquiatra ou alguém que pertença a alguma área do conhecimento que estuda a mente ou o comportamento humano.
Aqui vos escreve um Analista de Sistemas, que por acaso se tornou um atleta. Digo isto porque as próximas linhas são carregadas de emoção, experiência pessoal e lembranças. Mas não há nelas nenhuma base técnica ou estatística.
Há em nós muito de emoção, instinto e atitudes impulsivas. Mas há também racionalidade. Em provas de endurance tudo isso fica evidente em um curto espaço de tempo. Em provas onde seu comprometimento e sua capacidade de lidar com a dor são testados no limite, fica claro o resultado de colocarmos juntos em uma mesma situação a razão e a emoção.
Há o momento em que seu corpo reclama: dores fracas ou fortes espalhadas ou localicalizadas. Cansaço.
Instala-se um turbilhão de pensamentos e seu cérebro trabalha contra você quando você está nesse limite. Pensamentos como “mas qual o motivo de eu estar fazendo isso” e “devia ter ficado em casa” vêm à tona e tentam pressionar você a deixar a tarefa. Lembre-se de que o objetivo mais básico do cérebro é manter você vivo e nesse sentido ele está correto – seu corpo está sendo submetido a uma situação limite.
Então nesse momento é preciso que você vença a si mesmo. Continue fazendo força quando o cérebro manda parar. Insista na emoção quando seu racional diz que aquilo não deveria estar acontecendo.
Há uma lição maravilhosa embutida nesse cenário, uma aula que o esporte lhe dá e que você pode usar como uma ferramenta multiuso para várias situação da vida cotidiana: planeje, seja disciplinado e acredite no seu planejamento! Vença a si mesmo, supere a dor em prol de um objetivo maior.
Ao esporte, só tenho a agredecer! Recomendo a todos um dia completarem um prova de endurance, não importa em que esporte. Tracem uma meta, façam o planejamento e executem. Sua vida nunca mais será a mesma.
Fabricio